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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Fragmentos de meteoros atingem a Terra e Júpiter

Esse foi o tema sobre duas notícias que veicularam pela web na semana passada. Meteoros que passaram pela Terra e por Júpiter atingiram esses dois planetas. 

Em Júpiter o meteoro uma grande explosão foi observada em sua atmosfera, captada pelas lentes de dois astrônomos amadores que no exato momento filmavam o planeta, sem saber o que iria acontencer. Ao lado está uma foto da NASA que mostra os "estragos" feitos no planeta após a colisão com o meteoro.
 
Como falei em outros posts, descobertas como essas podem ser feitas sem querer, com o olhar atento dos mihlares de astrônomos amadores espalhados pelo mundo...

Na Terra, fragmentos de outro meteoro foram considerados "raros" pois puderam ser colhidos logo depois que atingiram o solo, no Marrocos. Antes disso ocorrer, havia publicado um post  falando que um meteoro passaria  raspando nosso planeta...

Mas o que está acontecendo?  Por que tantos meteoros por aqui? 

Logo depois das notícias de que um meteoro passaria muito perto da Terra,  encontrei duas outras informações muito interessantes: a primeira tratava-se do meteoro que atingiu Jupiter, cuja imagem publiquei acima - o site Apolo11 divulgou alguns vídeos que registraram o impacto (clique aqui para ler essa matéria). A revista Veja também divulgou uma reportagem sobre o tema - clique aqui para ler.

Em outra notícia, que enconteri no jornal Estadão e na revista Epoca, fragmentos de um meteorito foram coletados no Marrocos logo depois de sua queda. Ao todo foram só 300g, mas ele  foi considerado "raro" pelo fato de ter sido rapidamente encontrado após a queda, o que permitiu preserva-lo da ação da água e do oxigênio de nosso planeta. Normalmente, meteoritos são encontrados milhares de anos depois de cairem. Dessa vez,  a queda foi observada por militares do Marrocos, que relataram ter ouvido um forte estrondo e quando olharam para o céu viram um grande rastro branco e intenso. Seguiram o rastro e chegaram a um local onde encontraram pequenas rochas de cor escura, bem diferentes das demais rochas da região. Eles conseguiram chegar até o local da queda  rapidamente e coletaram fragmentos (cuja a foto de um deles está ao lado).   Apesar de muito pequenos, essa quantidade de fragmentos podem ajudar aos cientistas a analisar sua composição e descobrir que tipos de compostos ele contêm.

O que há de comum nessas notícias?
As duas notícias acima me chamaram a atenção por terem sido originadas por pessoas anônimas, curiosos pelos eventos do céu, e que fazem parte dos milhares de astrônomos amadores que temos espalhados pelo mundo.  Mais uma vez, eis a importância de estar sempre olhando para o céu! 

No caso de Júpiter, foram astrônomos amadores que utilizavam telescópios relativamente "comuns", com espelhos de 30cm de diâmetro, que conseguiram até filmar o evento, com adaptações caseiras para fixar a câmera ao telescópio... Eu faço isso com minha câmera as vezes...

Apesar de haverem muitos telescópios potentes pelo mundo, eles são muito concorrido por astrônomos profissionais que tentam ver cada vez mais detalhes de lugares mais distantes... tais aparelhos possuem espelhos de 2m, 3m até 8m!

Devido a essa grande concorrência é difícil priorizar os olhares para apenas um cantinho do céu... afinal ele é muito grande e quam sabe que segredos ele pode esconder por ai?

Sobre esse assuntor, o site da BBC divulgou uma reportagem falando - clique aqui para ler (em inglês).

Sobre os meteoros e nossas aulas...
Apesar da aparente  repetição de eventos envolvendo meteoros na mídia, esse fato não passa de coincidência. Na verdade, meteoros sempre passam  "por perto"  de todos os planetas do sistema solar, e eventualmente atinge em cheio algum(ns) deles.

No início desse ano outra notícia relatava que um meteorito que rasgou os céus do Marrocos  em julho de 2011 veio realmente de Marte! Clique aqui para ver os detalhes desse fato. Assim como esse, já foram identificados vários outros fragmentos que vieram do planeta vermelho devido a colisão de algum meteorito lá que arrancou pedaços da superfície e chegaram (depois de muito tempo vagando pelo espaço) em nosso planeta.

A maioria dos que chegam por aqui partem do cinturão de asteróides localizado entre Marte e Júpiter.  Mas podem também se originar pela fragmentação de um cometa. Esse foi o caso do cometa Shoemaker Levy, que atingiu Jupiter em 2009. Astrônomos já previam a colisão desse cometa com o planeta gigante e quanto mais perto o cometa chegava, mais o cometa se fragmentava devido a forte ação da gravidade de Jupiter. As várias partes do cometa despedaçado atingiram  o planeta e puderam ser vistos daqui da Terra. Ao lado está um sequencia de fotos desse evento. Abaixo o registro desse impacto e as machas provocadas na atmosfera de Júpiter, que puderam ser vistas semanas após o impacto.




Esse site (em inglês) contem informações  sobre a colisão desse cometa com Jupiter e do Shoemaker Levy, e a relação do impacto do cometa da semana passada.

Apesar de "chocantes", colisões assim são "raras" atualmente: o tamanho dos meteoros que circulam por ai são relativamente  pequenos, uma vez que os grandes foram "consumidos"  (ou expulsos) durante a formação do sistema  solar - veja a ilustração abaixo de como se parecia nosso sistema solar durante seu nascimento.  Eventualmente um asteróide do cinturão é lançado para fora por choques internos entre eles, e raramente atingem um planeta ou outro. (lembre-se que os asteróides estão em constante movimento, e cada um anda a velocidades diferentes...).



Meus pequenos astrônomos, sempre muito curiosos, perguntam-me a todo instante o que aconteceria com a Terra se um meteoro (de todo tipo e tamanho) atingisse nosso planeta... a Lua... caisse em um vulcão... e (coisas desse tipo.) Minha resposta é (quase sempre) a mesma: Depende!  Do tamanho do meteorito, da sua velocidade e do lugar que cairá.

Como falei na aula que tivemos sobre a origem da Lua, é muito improvável que algo tão grande quanto Teia, o planeta "irmão" da Terra que colidiu com nosso planeta durante sua formação,  atinga nosso planeta atualmente.  (só para lembrar: "A Lua é Filha da Terra!!").

Uma situação como essa acabaria com a vida em nosso planeta, e poderia extermina-lo! Situações como essas são mostradas no documentário "Ataques de Asteróides" da série "O Universo" do THC.  Assista abaixo - e mande seus comentários!


Um comentário:

  1. Puxa prof.Fábio essa materia foi bem interessante porque não mostra para nós segunda-feira.
    Tenho certeza de que a maioria iria gostar!
    Fábio passou uma reportagem ontem sobre Marte, mas não conseguiu achar o canal se você achar seria interessante mostrar para nós.
    Bom final de semana!

    Beatriz Hauch Cardoso 5 ano C

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